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  • Foto do escritorVitor Friary

Qual a diferença do Mindfulness para outros tipos de meditação?





Especialistas consideram que existam duas categorias de práticas de meditação: as meditações baseadas em práticas unicamente de concentração (samadhi), e as meditações baseadas em processos de plena atenção ou comumente conhecidas como Mindfulness (sati). Concentração refere-se à atenção que é focada em apenas um objeto de cada vez, e esse objeto pode ser uma experiência interna (como a respiração, por exemplo, a repetição de alguma palavra na mente – conhecido como mantra – ou alguma sensação no corpo) ou uma experiência externa (um ponto na parede, uma mandala contemplativa, uma luz de vela, uma imagem) por um período de tempo determinado.

Práticas meditativas de concentração bastante comuns no oriente e ocidente são atividades como o yoga e o tai chi, por exemplo, bem como a meditação transcendental, onde os praticantes aprendem um mantra e, durante a meditação, repetem essas palavras mentalmente por um período de tempo determinado. Assim que uma distração ocorra durante essas meditações, o praticante é instruído a trazer a atenção de volta ao objeto de concentração.

As práticas de meditação mindfulness trabalham não somente com concentração, mas com o desenvolvimento da atenção às experiências do presente momento.

Outra diferença entre as práticas de meditações tradicionais e as práticas de mindfulness é a instrução de onde a atenção deve se dirigir. Práticas de concentração tendem a instruir a pessoa a focar em um determinado objeto, enquanto práticas de mindfulness são mais abertas no sentido em que o praticante é instruído a observar onde a atenção vai naturalmente, e o que vai acontecendo com a experiência de momento a momento.

Em mindfulness, aprendemos a notar com curiosidade e suavidade as atividades que a nossa mente realiza, como os pensamentos influenciam as emoções, e a forma como essas experiências alteram a experiência do corpo. Também faz parte do processo do trabalho de mindfulness perceber que essas experiências fazem parte da nossa natureza enquanto seres humanos, que elas vêm e vão constantemente, e como nada, portanto, é permanente ou fixo.


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